Meu primeiro problema foi com as tomadas. As tomadas na Europa são diferentes. Para minha sorte, trouxe comigo livro o “Coração de tinta” de Cornelia Funke, ilustradora e autora de livros infantis e infanto-juvenis.
05.09
Saí do Recife às 15:30 e cheguei em Natal às 16:10
Até as 21h, hora que o avião saiu aproveitei para começar a ler o livro que trouxe como companheiro, jantar e escrever dois textos para a Gerência de Biblioteca e Formador de Leitor da Prefeitura do Recife, sobre uns trabalhos de umas alunas minhas que vão ser publicados.
06.09
Cheguei a Lisboa às 8:00 (mais ou menos) horário local, e esperei por quase oito horas para pegar o novo vôo para Praga. Durante esse tempo dormi um pouco, li e trabalhei nos textos. Às 15:50 o avião decolou e cheguei a Praga às 19:20. Foi um momento um pouco tenso, pois o aeroporto é imenso e não tinha ninguém para me orientar. Fui pedindo informações e, pela primeira vez, colocando meu inglês, que estava a quase um ano estudando, em prática. Fiquei feliz em saber que ele funcionou. Respondi alguns e-mails e enviei o texto para a Prefeitura. Embarquei às 21:50 e às 23:00 estava na Bratislava. Tinha uma pessoa me esperando. Veronika. Uma garota bem simpática, estudante de psicologia, fluente no inglês. Ela me deixou no hotel que fica, na verdade, no campos da Universidade.
07.09
A língua é muito engraçada. Absolutamente impossível de compreender. O inglês é necessário até para tomar o café da manhã. A sorte é que os estudantes sabem falar inglês e foram super gentis. O segundo desafio foi aprender a me locomover. Meu destino era a BIBIANA, local responsável pela Bienal. Peguei tipo um bonde que eles chamam de traim,
Encontrei também Maria José Sotomayor, uma especialista em literatura infantil e juvenil portuguesa, que conheço desde a primeira vez que fui a Bolonha. Minha grande emoção foi em conhecer Anastásia Arkhipova, ilustradora russa que também foi do júri, que ilustrou a coleção dos Grimm, da Ática, que leio e trabalho com eles há tanto tempo, sempre admirando as ilustrações. Dali fomos tomar um café até a hora do jantar. Fomos todos jantar no Casino Slovakia, um local charmosíssimo, com uma comida super gostosa, e ainda ganhamos duas fichas para jogar nas mesas. Claro que perdi as duas em menos de 30s.
Uma coisa me surpreendeu, é que soube que seremos apenas 6 alunos do workshop. Eu, Mohammad Ali Baniasadi e Ali Boozari, do Iran, Filipa Canhestro, de Protugal, Daniel Roldán, da Argentina e Manuela Vladic Mastruko, da Croácia.
08.09
Ainda não me acostumei com o fuso horário de 5h. Acabei passando a manhã toda dormindo. Depois fui para o centro histórico e encontrei um monte de torcedor da Irlanda fazendo maior festa na cidade por causa de um jogo contra a Bratislava. As figuras eram engraçadíssimas, super bem humoradas e uma torcida extremamente educada Depois fui ver a exposição da BIB. Maravilhosa. Dois andares de ilustrações, parecia um sonho. Tanta coisa que ainda não dei conta. Dei um olhada geral no andar da Europa mas me detive mais no andar dos demais continentes. Procurei primeiro o Brasil para começar por ele. Depois fui vendo os demais. Os Iranianos realmente chamam a atenção com um trabalho muito especial, com forte marca da identidade deles. Amanhã vou ver com os europeus com mais vagar. Depois da exposição fui me perder um pouco na cidade. Dessa vez fui na companhia de Daniel. Fomos andando e admirando a cidade sem nos preocuparmos com o caminho. A cidade é linda, com rua muito charmosas, muitos restaurantes, uma cidade bem turística. Vimos um quarteto com dois violinos, um baixo e um acordeon no coreto da praça principal, tocando músicas eslovencas. A voz de um deles era deslumbrante. Depois comemos uma massa em um restaurante e voltamos. Amanhã inicia nosso workshop. Até agora só conheço os iranianos e o argentino. Amanhã conhecerei as duas garotas que faltam.
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